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EXPERIÊNCIA EM PORTUGAL

Esta metodologia foi aplicada em quarto turmas do ensino articulado da música (do 5º ao 8º ano de escolaridade) da Escola Fontes Pereira de Melo. O processo de criação deste projeto percorreu os seguintes passos:

 

Definição de um tema geral a abordar nas óperas a serem criadas , tema esse que serviria de fio condutor entre as quatro óperas a serem criadas. Mais que produtos isolados, quisemos mantê-los com um racional de coerência e lógica, superior à escolha isolada por entre os conteúdos programáticos da escola do ensino regular.

Definido o tema geral – Terra, um planeta com vida – , o grupo comprometeu-se a seguir uma planificação entretanto construída e as atividades nela constantes.

 

Aplicação em sala de aula: divisão da turma em pequenos grupos (normalmente 4) que, num limite de tempo definido à priori pelo formador, trabalharia sobre um e um só aspeto da Ópera: brainstorming sobre palavras ou expressões próximas duma ideia – normalmente o tema da Ópera, criação de personagens, as sua caracterização física e psicológica, a criação da história/ libretto, a delimitação do mundo sonoro do tema da Ópera,... Naturalmente, no tempo proposto o grupo não consegue esgotar por completo o tema apresentado. Nem se pretenderia isso porque, seguidamente, o grupo vai abandonar o posto em que tinha trabalhado e vai mover-se para o posto seguinte, onde vai encontrar, por exemplo, personagens diferentes daquelas que tinha pensado, características diferentes das idealizadas pelo grupo, etc. Então, mais que um processo substitutivo, o grupo tem de contribuir com as suas ideias para fazer crescer a dimensão trabalhada; há assim uma partilha constante, um respeito pelas ideias já geradas, e – talvez o mais importante – um constante desafio à criatividade pois nenhuma personagem, história, mundo sonoro, ..., corresponde à ideação inicial que cada um fez do tema, e que o próprio grupo idealizava.

Este processo repetir-se-á até ao momento em que há já material suficiente para se começar a pensar na sua transposição para o palco, para a orquestra, para o clube de plástica e costura, altura em que este sistema rotativo termina, inaugurando um trabalho mais específico. A orientação para a concretização cénica ou musical dá lugar a um trabalho mais debruçado sobre o detalhe, que implica discutir movimentações de palco ou universos sonoros, a utilização de certos adereços ou a ideia de um figurino, a escrita em pauta das músicas criadas ou um ensaio corrido de texto,... Nesta altura, os formadores terão a responsabilidade de orientar em termos temporais o trabalho, bem como contribuir para a correta exequibilidade das ideias que se pretendem concretizar de forma a oferecer um produto final coeso e não um pastiche de inspiração.

Da parte dos formadores, é um processo de navegação à vista: sabendo de onde se vem, não se sabe para onde se vai ou quando se vai acabar, mas a viagem terá de valer a pena! Da parte dos alunos, é uma coisa séria que derivará de uma brincadeira, duma manipulação satisfatória da criatividade, do jogo, da exploração, da partilha do processo... do gozo que dá viajar!

 

Atividades de enriquecimento extracurricular:

  • Participação de alunos e professors no X Curso de Animadores Musicais na casa da Música;
  • Participação dos alunos em dois workshops promovidaos pela Casa da Música : Digitópia e Musicália;
  • Visita de estudo ao Visionarium ems anta Maria da Feira;
  • Visita de estudo ao Observatório Astromómico e Centro de Geofísica em Coimbra;
  • Clubes de plástica e de costura orientados por encarregados de educação.